Etarismo* … em qualquer idade!

#bemestar #saudemental #autodescoberta #vidaativa #envelhecercomsaude

por Silvia.

  1. O que você achou deste pequeno "PENSE NISSO"?

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  3. Você consegue resumir um uma única frase, a essência do que
    foi apresentado neste texto?

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PENSE NISSO!


Recentemente em uma rede social, vi o comentário de um rapaz que dizia mais ou menos isso: "Já repararam como alguns idosos são impacientes, mal educados e se dão direito a qualquer coisa? Ontem estava no mercado e uma senhora de 70 anos, mais ou menos, reclamou porque eu estava parado na frente do produto que ela queria comprar. Pedi desculpas e sai. Triste isso!"

Essas foram as palavras dele, seguidas por inúmeros comentários concordando.

Reparem na carga de preconceito explícito contida nessa fala. Etarismo*, na sua mais clara expressão.


Não me contive. Respondi e convidei-o a refletir...
“pessoas são grossas, mal educadas, ríspidas porque são.
Não são assim porque são idosos.”
E tentei fazê-lo perceber quanto de generalização
e preconceito havia na sua fala.


Mas... e sempre tem um mas, será que nos tornamos rabugentos,
impacientes e implicantes com a idade? Isso é fato?

Bem, minha reflexão é de que sim, há boas chances disso acontecer.

Primeiro porque nossa "autocensura" fica mais frouxa e damos menos importância para a opinião dos outros.

Segundo, porque do ponto de vista neurológico, há um decréscimo no uso do centro de inibição, que regula principalmente nossa capacidade de lidar com a frustração e com a impaciência.

Terceiro, porque muitos de nós acumulamos um sem número de experiências, muitas delas dolorosas e frustrantes e que servem como referenciais e moldam nossa percepção, tornando-a enviesada. As crenças ficam cada vez mais cristalizadas e as respostas cada vez mais carregadas de conteúdo emocional.

Como combater isso?

Primeiro, olhando para dentro de nós. Nunca, em momento nenhum da vida, devemos perder de vista o autoconhecimento. Porque basicamente se nos perdemos dele, nos perdemos de nós mesmos. E isso é tudo que uma pessoa que está envelhecendo teme: perder sua identidade.

Segundo, olhar para fora de nós. Cultivar amigos, rever amigos, fazer amigos novos. Descobrir coisas novas. Aprender, manter viva a curiosidade. Aprender, sem preconceito, com os jovens, ouvir e entender o que eles têm a dizer.

Terceiro, vibrar positivo, agradecer sempre, cultivar a alegria e valorizar a SUA sabedoria. Porque tem muita coisa que você perdeu com a idade, mas é inegável que você ganhou sabedoria.

Quarto e acho que talvez o mais difícil, evitar despejar nos outros tudo o que você já sabe da vida. Porque não há dúvida que você sabe muito. E sabe muito porque VIVEU e teve oportunidades. Não tire do outro essas vivências. Procure aceitar modos diferentes de levar a vida. Lembre-se sempre que você sabe muito, mas não sabe tudo.

Conclusão:
Tornando-se uma pessoa idosa mais leve, você, sem perceber e sem forçar, combate o preconceito e o etarismo.
Vale a pena experimentar?

* Etarismo é o preconceito ou discriminação contra pessoas com base na idade, afetando especialmente idosos e jovens em diferentes contextos sociais e profissionais. Preconceito contra idosos é velhofobia ou idadismo ou ageismo.


Silvia é voluntária no Projeto. Psicóloga, especializada em Aconselhamento, atua há mais de 30 anos profissionalmente.
silvia50viverbem@gmail.com